Antes de sair de minha terra natal e mergulhar num universo conhecido eu tinha completa ciência de que aquilo seria um ciclo. E todo ciclo tem inicio, meio e fim.
Pois é, o inicio foi complicado por tudo ser novo, por sentir saudades da família e dos amigos. Contudo com um tempo o cotidiano fez com que eu adaptasse ao ambiente e tudo fluiu de uma maneira melhor.
Nesse meio do ciclo eu via colegas de chamadas antigas indo embora. Ta aí o ponto chave. Nesses momentos eu me sentia triste por ver a partida deles e imaginando que um dia eu também iria embora.
Pois bem, após os 16 meses completos eu retornei para minha terra natal. E completei um mês aqui.
Confesso que sabia que a re-adaptação seria difícil. E está sendo, mais complicada ainda do que a adaptação nos EUA. Não foi falar hoje dos muitos motivos que tornam os EUA um país melhor de viver que o Brasil. Nem citar "N" fatores que me motivam para sair do Brasil. Vou falar sobre questões um pouco mais profundas.
Eu fiquei muito tempo pensando o porque isso ocorre. Cheguei as seguintes conclusões depois de um mês.
A vida que eu tenho hoje não e totalmente diferente da vida que tinha nos Estados Unidos. Isso é lógico. Mas também ela é completamente diferente da vida que tinha no Brasil antes de viajar. Mesmo tendo os mesmo amigos e colegas e ter aumentado meu ciclo de amizade que fiz em meu intercâmbio, tudo continua muito estranho.
Não sei exatamente se eu mudei bastante ou se eles mudaram no momento em que eu não estava aqui, mas simplesmente não é mais a mesma coisa. Talvez a minha mudança tenha dado um impacto maior. Mudança que por sinal é um resultado natural das influências externas, seja boas ou ruins.
O desabafo basicamente é, mesmo após um mês eu ainda me sinto um estranho numa terra estrangeira, em que as pessoas, os lugares e os momentos estão estranhos.
Não me sinto triste, ou deprimido pelo fim do intercâmbio, isso teria que acontecer. E um novo ciclo está começando agora e estou focado nele. Creio que essas boas lembranças vão estar presentes em minha memória por toda uma vida.
0 comentários:
Postar um comentário